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Chefe da Ferrari quer focar em preparação para 2022

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GP PORTOGALLO F1/2020 - DOMENICA 25/10/2020 credit: @Scuderia Ferrari Press Office

Chefe da Ferrari, Mattia Binotto não esteve presente no GP da Turquia no último domingo. O motivo, porém, foi pensando no futuro: o engenheiro quer passar mais tempo na fábrica do time em Maranello, na Itália, de olho nos preparativos para o novo regulamento técnico da Fórmula 1 em 2022. Ele ainda deve perder as etapas no México e Brasil.

  • O calendário mudou e por isso mudei os meus planos. A Turquia foi uma delas, mas pretendo ficar fora de mais duas corridas antes do final da temporada: no momento, México e Brasil. Há muito o que fazer aqui em Maranello. Toda a equipe, tanto os que trabalham no chassi quanto nos motores, devem ser orientados. Também estamos em uma fase crítica com o desenvolvimento para 2022 – comentou.

Os motores permanecem os mesmos até 2025, mas a F1 contará com um novo carro para a temporada 2022, quando será introduzido o novo regulamento técnico da categoria, com promessa de aumentar a competitividade e deixar os carros mais próximos na pista.

A Ferrari trabalha desde o fim do ano passado para voltar a ocupar o lugar entre as maiores forças do campeonato, posto que perdeu no último ano – quando foi apenas a sexta colocada no Mundial de Equipes.

No último ano, Binotto também se ausentou das pistas nas provas finais do campeonato com o mesmo objetivo, sendo substituído pelo diretor esportivo da escuderia, Laurent Mekies. O esforço teve resultado e, em 2021, a equipe briga com a McLaren pelo posto de terceira força do campeonato.

Na atual temporada, o time soma quatro pódios, conquistados com Carlos Sainz – em Mônaco, Hungria e na Rússia – e Charles Leclerc, segundo colocado no GP da Inglaterra. A evolução no motor e no carro foi notada ainda durante a pré-temporada, mas o objetivo da equipe é ir além em 2022:

  • O design da unidade de potência é muito avançado e não fica atrás da nossa concorrência. Não acho que sejamos os melhores, mas creio que demos um salto que nos permitirá sermos competitivos. Continuamos trabalhando no que será um motor muito diferente do atual.

Apesar da expectativa, porém, Binotto lembra que há desafios. Além da evolução das rivais, a F1 introduzirá no próximo ano um combustível híbrido, composto de 10% de etanol e 90% de materiais fósseis cujos efeitos sobre o equipamento desenvolvido pelos times ainda é desconhecido.

  • Se até hoje sofremos com uma lacuna de desempenho nas unidades de potência em relação às melhores equipes, nossa meta é não tê-la novamente no próximo ano. Aí, claro, vai depender de quanto os outros crescerão também, porque na F1 tudo é relativo. Teremos que lidar com o quanto os adversários têm conseguido desenvolver o motor e o quanto a nova gasolina, com 10% de etanol, afetará o desempenho – lembrou o italiano.

A Ferrari ocupa a quarta colocação no campeonato de construtores, liderado pela Mercedes, somando 232.5 pontos contra apenas 240 da McLaren, em terceiro. Antes do México e do Brasil, a F1 desembarca na próxima semana nos Estados Unidos, no Circuito das Américas.

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