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Alonso ainda sonha com tricampeonato na F1

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Ausente do grid da Fórmula 1 em 2019 e 2020, Fernando Alonso levou 20 corridas para conquistar seu primeiro pódio – e o 98º da carreira – em seu retorno à categoria, com o terceiro lugar no GP do Catar no último domingo. Aos 40 anos, e com ganas de permanecer correndo por mais algum tempo, o espanhol não esconde que ainda crê em suas chances de faturar o terceiro título mundial da carreira.

  • Estou muito ansioso pelo terceiro campeonato. Farei o que estiver ao meu alcance e ainda mais nos próximos anos por isso – disse o piloto da Alpine ao podcast oficial da F1.

Alonso, que estreou na categoria em 2001 – quando chegou a correr com Michael Schumacher e Jos Verstappen, pais de dois de seus atuais rivais, Mick Schumacher e Max Verstappen -, conquistou seus dois títulos mundiais em 2005 e 2006 com a Renault, nome sob o qual a Alpine competiu até 2020.

De lá pra cá, ele ainda chegou a batalhar pelo tricampeonato com outros nomes fortes da F1 como Lewis Hamilton, Kimi Raikkonen e Sebastian Vettel; porém, não conseguiu alcançar o feito, algo que para ele, hoje, traria lições importantes sobre resiliência no esporte:

  • Significará muito deixar um legado, depois que minha carreira terminar, de ir sempre até o limite, buscar excelência nas coisas que você faz e ter muita disciplina na forma de correr. Não importa se você tem 19, 42 ou 43 anos, é uma forma de viver, ter dedicação total ao esporte. Se eu conseguir esse tricampeonato, isso será o mais importante, essa mensagem para as gerações futuras.

O resultado no GP do Catar encerrou um jejum de sete anos do bicampeão sem terminar uma corrida entre os três primeiros colocados: sua última vez no pódio foi no GP da Hungria de 2014, quando chegou em segundo lugar com a Ferrari. Para a Alpine, que venceu na etapa húngara neste ano, valeu o segundo melhor resultado da temporada.

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O bicampeão, que renovou em agosto seu contrato com a Alpine até o fim de 2022, vê na mudança de regulamento da próxima temporada a oportunidade de evolução para a equipe que ocupa a quinta colocação no campeonato de construtores; no ano que vem, a F1 introduzirá um novo carro que promete aumentar a competitividade da categoria.

  • Eu não estou desesperado para conseguir isso. Mais um título não vai mudar minha carreira ou minha maneira de ver o esporte. Mas sou uma pessoa competitiva, sabe? Em tudo o que eu faço. Eu ainda estarei aqui depois de 2022, mesmo que o carro não seja tão bom. Meu plano é ficar pelo menos mais dois ou três anos – prometeu o espanhol.

Elogio especial

Na equipe francesa, Alonso trabalha ao lado do tetracampeão da França Alain Prost, que atua como consultor do time. O ex-piloto, maior rival de Ayrton Senna na categoria, comentou nesta semana que considera o bicampeão espanhol como o melhor piloto da F1 atual:

  • Para mim, ele (Alonso) é o melhor piloto do grid. A visão global que ele tem na corrida é incrível, assim como sua sensibilidade com os pneus, os comentários que faz sobre o carro e como fornece informações aos engenheiros. Fernando sempre me disse que se tornou uma pessoa diferente e devo dizer que ele tinha razão. Ele está totalmente ao serviço da equipe, e isso é muito bom para nós.

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