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Prévia das sondagens mostra queda da confiança empresarial e dos consumidores

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A prévia das sondagens da Fundação Getulio Vargas (FGV), com dados coletados até o dia 13 do mês, sinaliza recuo da confiança empresarial e dos consumidores em novembro.

Em relação ao número final de outubro, o Índice de Confiança Empresarial (ICE) recuaria 0,9 ponto, para 96,2 pontos, enquanto o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) cairia 2,2 pontos, para 80,4 pontos.

“Os resultados prévios das sondagens de novembro sinalizam uma paralisação no processo de recuperação da confiança empresarial iniciada em maio. Apesar de a indústria ainda continuar com resultados favoráveis em relação ao momento presente, mesmo neste setor, as expectativas em relação aos próximos meses começam a ser revistas para baixo. O movimento parece estar relacionado ao aumento da incerteza motivado pelo risco de uma segunda onda de Covid-19 no país, como a que parece se esboçar na Europa”, afirma Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das sondagens da FGV.
Ela nota que “os consumidores continuam cautelosos em relação ao futuro, influenciados, no âmbito micro, pelos riscos à situação financeira familiar da manutenção das atuais condições desfavoráveis do mercado de trabalho e, no âmbito macro, às questões fiscais e sanitárias do país”.

Entre as empresas, a queda da confiança decorreria exclusivamente da piora das expectativas em relação ao futuro, uma vez que houve melhora discreta na percepção sobre o momento atual. Para os consumidores, o aumento do pessimismo em relação aos próximos meses também exerceria maior influência, já que suas avaliações sobre o momento presente ficaram estáveis.

O Índice de Situação Atual dos Empresários (ISA-E) aumentaria 1,9 ponto, para 98,5 pontos, enquanto o Índice de Expectativas Empresarial (IE-E) cairia 2,5 pontos, para 95,4 pontos. Entre os consumidores, o índice que mede a percepção sobre a situação atual (ISA-C) se manteria relativamente estável em 72,1 pontos, enquanto o indicador que capta as perspectivas para os próximos meses (IE-C) cairia 3,6 pontos, para 87,0 pontos.

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas sondagens empresariais produzidas pelo Ibre-FGV: indústria, serviços, comércio e construção.

Neste mês, a indústria de transformação seria o único setor a apresentar avanço da confiança. O comércio se manteria estável enquanto os setores de Serviços e da Construção estariam em queda. Com alta de 1,5 ponto, significativamente menor do que nos últimos meses, o Índice de Índice de Confiança da Indústria (ICI) alcançaria 112,7 pontos, o maior valor desde outubro de 2010 (113,6 pontos).

Já o comércio permaneceria em 95,8 pontos, o que representa recuperação de 89,6% das perdas no bimestre março-abril. Por sua vez, construção e Serviços recuariam 3,3 pontos e 1,2 ponto, para 91,9 pontos e 86,3 pontos, respectivamente. Ambos os setores continuam em patamar abaixo de fevereiro (92,8 pontos e 94,4 pontos, respectivamente).

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