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Principais diferenças entre os campeonatos de Fórmula E e F1

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Lucas di Grassi é um dos poucos pilotos credenciados a explicar as principais diferenças entre a Fórmula E e a Fórmula 1. Além de ter ajudado a criar a categoria elétrica e carregar em seu currículo o título de campeão de 2016, o brasileiro conta com a experiência de ter disputado uma temporada completa na F1 em 2010.

O SporTV2 transmite o treino oficial da primeira etapa, na sexta, a partir das 10h, e corrida a partir das 14h. No sábado, o treino e corrida da segunda etapa serão transmitidos no mesmo horário. Bruno Fonseca narra e Felipe Giaffone e Rafael Lopes comentam as duas corridas.

  • A grande diferença entre corrida a combustão e corrida elétrica está principalmente na eficiência energética das baterias em relação ao tanque de combustível. Se pegarmos a Fórmula E e compararmos com a Fórmula 1, a diferença é: na corrida, você precisa guiar de uma certa forma que te permita economizar energia suficiente para você atacar e defender sua posição na hora certa. E numa corrida à combustão, você está quase sempre de pé embaixo e isso não chega a ser relevante. Além disso, obviamente, o carro faz muito menos barulho – brinca.
    Segundo o piloto de 36 anos, a categoria nasceu como um projeto ambicioso, o de servir de laboratório para que montadoras pudessem desenvolver as tecnologias de mobilidade elétrica, que ganha cada vez mais adeptos ao redor do mundo. Lucas foi convidado pelo empresário Alejandro Agag para ajudar a idealizar a Fórmula E.
  • A Fórmula E foi criada em 2014, foi o primeiro ano da categoria. A intenção era a de continuar e acelerar o desenvolvimento da tecnologia de veículos elétricos em ambientes controlados, como em corridas, para depois essa tecnologia chegar às ruas e acelerar nossa transição de um mundo de combustíveis fósseis para um mundo de combustíveis elétricos – explica.

Desde a primeira temporada, novas montadoras de automóveis foram atraídas pelo campeonato. Agora o número de fabricantes chega a oito no grid do Mundial de Fórmula E, que tem nomes como Mercedes, BMW, Porsche, Nissan, Jaguar, Audi e mais…

  • Estamos na sétima temporada e já temos mais montadoras hoje na Fórmula E do que em todas as outras maiores categorias de automobilismo no mundo. Por quê? Porque é o futuro. Carro elétrico já não é nem o futuro, é o presente. Todo mundo está caminhando nessa direção e é por isso que a Fórmula E faz tanto sentido para essas montadoras, que podem desenvolver essa tecnologia nesse tipo de
    Mas não é só isso que difere a categoria 100% elétrica da F1. Para evitar a escalada de investimentos em busca de superioridade nas pistas, algo que acontece na maior categoria do automobilismo, a Fórmula E trabalha com diversos componentes padrões, deixando as equipes livres para desenvolverem somente trem de força, composto pelo motor, o inversor (que basicamente transfere a energia das baterias para o motor, gerando o movimento das rodas) e o câmbio.
  • A Fórmula E foi concebida tendo a sustentabilidade como um dos pilares da categoria. Por isso o desenvolvimento técnico é limitado. Os carros são iguais, pneus são iguais, freios são iguais, aerodinâmica é igual… a grande diferença entre uma montadora e outra é que cada um pode fazer o motor, o inversor e o câmbio da forma que faça mais sentido para montadora no desenvolvimento dessa tecnologia – esclarece Di Grassi.

Com o intuito de tornar o campeonato ainda mais relevante para as montadoras, a Fórmula E realiza suas provas em circuitos de ruas localizados em centros de grandes cidades espalhadas pelo mundo, locais em que cada vez mais a mobilidade elétrica ganha relevância.

  • O grande benefício do carro elétrico é quando usado nos centros urbanos. E é por isso que as corridas da Fórmula E seguem essa filosofia. São como as corridas de Mônaco, mas no mundo inteiro. então temos Nova York, Londres, Berlim, Paris…

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