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Tarcísio muda discurso e diz que vai ‘chamar as forças de segurança para avaliar uso de câmeras por policiais

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(Brasília - DF, 18/05/2021) Palavras do Ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. Foto: Isac Nóbrega/PR

O candidato do Republicanos ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas, mudou o tom sobre a retirada das câmeras nos uniformes dos policiais militares do estado e afirmou que vai “chamar as forças de segurança para avaliar, do ponto de vista técnico, a efetividade ou não” do uso do equipamento.

“É uma questão que eu considero que hoje que inibe o policial. Acho que ela tem atrapalhado a produtividade. Mas isso é uma percepção. Então, o que a gente vai fazer, caso a gente seja eleito? Chamar as forças de segurança, avaliar do ponto de vista técnico a efetividade ou não, e aperfeiçoamento da política pública”, declarou o candidato.

“Não existe nenhuma política pública que não possa ser reavaliada, que não possa sofrer melhorias. Ou mesmo, a gente avaliando que isso está atrapalhando de maneira importante a produtividade, retirar. Mas é uma coisa que a gente vai discutir junto com os especialistas”, completou.

O tom usado por Tarcísio é bem diferente do 1º turno, quando ele dizia com veemência que tiraria as câmeras dos uniformes dos PMs.

Em entrevista candidato havia afirmado que “em alguma medida [a câmera] é prejudicial à política de Segurança Pública” e “precisa ser reanalisada” (veja vídeo abaixo).

O candidato disse ainda que policiais da Rota não devem usar câmera. “Na minha opinião, não [deve usar câmera], na minha opinião, é incompatível com o tipo de atuação, com a natureza de atuação que ela tem. E quem disse que ela não vai seguir a lei não estando com a câmera. Por que você não acredita que ela não vai seguir a lei não estando com a câmera?”

A ideia do candidato de retirar as câmeras dos PMs recebeu críticas nas redes sociais e do adversário Fernando Haddad (PT).

No último debate na tv, Haddad havia apontado que as câmeras haviam diminuído em mais de 80% a letalidade policial em São Paulo e que a retirada do equipamento dos uniformes “desafiava os dados da própria polícia”.

Com as estatísticas da Secretaria de Segurança Pública (SSP) no estado, que apontam que quando consideramos o 1º semestre de 2020, 2021 e 2022, os mortos em confronto com policiais militares tiveram redução de 72%.

As câmeras corporais começaram a ser usadas pela Polícia Militar em agosto de 2020. No primeiro semestre de 2020, antes da implantação das câmeras corporais nas fartas, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) havia registrado 435 mortes em confronto com policiais militares em serviço.

Esse número caiu para 272 no mesmo período de 2021 e, em 2022, o total de mortes praticadas por PMs em serviço caiu para 123.

A morte de policiais também caiu, de acordo com levantamento do Instituto Sou da Paz, tanto em serviço quanto em dias de folga. No primeiro semestre de 2018, foram registradas 21 mortes de policiais de folga, enquanto no mesmo período de 2022 foram 12 policiais, uma redução de 38,1%.

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